Revelações

"O Espírito Santo sopra onde quer..."

A vida da gente é muito confusa. Vivemos em permanente tensão. Buscamos satisfazer nossas necessidades. Procuramos ser felizes. "viver é foda, morrer é difícil" dizia Renato Russo. Jó, corrobora a argumentação dizendo que a vida do homem é um constante combate. Concordo com os dois. Há dias que se abate sobre nós uma angústia. Uma sensação de vazio, um sentimento de inutilidade de que estamos fazendo sempre as escolhas erradas.
O perigo é cairmos em depressão, esse mal do século, que faz a fortuna dos laboratórios farmaceuticos ao vender fluoxetina. Existe outro caminho procurado pelas pessoas para esconder esse sentimento. Estou falando do álcool, do cigarro e das drogas ilícitas.
Acho que existe outro caminho melhor. O caminho da religiosidade. Acho que a angústia pode e deve ser superada pela religiosidade. Seja ela qual for. A questão não é a religião. A questão é a religiosidade da pessoa que se digna reconhecer que é um ser flágil e que precisa de ajuda de um ser superior. A palavra chave para isso é a humildade. A pessoa humilde que reconhece que não sabe das coisas e se prontifica a obedecer o que diz o ser superior empreende coisas espantosas. Exemplo disso foi Moisés, o grande líder do povo de Deus, está escrito que ele era a pessoa mais humilde do mundo. Por que ele conseguiu conduzir aquele povo pelo deserto em meio a grandes perigos? Não há pressão maior que isso. A resposta é que ele mantinha sempre uma conversação com o Senhor. Ele falava face a face com o Senhor que revelava o caminho a seguir. Moisés era apenas um instrumento de Deus.
Falar em religiosidade e de revelações é um assunto polêmico porque há sempre o perigo das pessoas acharem que somos esquisofrênicos ou fanáticos.
Mas o poder de Deus agindo nas pessoas para a condução de suas vidas também pode ser explicado como simples força de vontade e o poder da força do pensamento. Mas, não. Como uma pessoa que se diz cristão e que acredita em Deus pode simplesmente dizer aceitar um argumento psicológico?
A força do Divino Espírito Santo age em nós. Nos conduz para as melhores escolhas e nos ajuda a enfrentar as dificuldades da vida. Existe revelações constantes em nossa vida. Momentos em que percebemos que Deus, verdadeiramente, age em nós.

Não!!!

Não!!!

Não!!!

Não!!!

Quantos vezes você ouve a palavra não?

Quantos vezes você fala a palavra não?

Ouvir não!!!, é da vida. A vida diz: não!!! Muitas vezes.

Falar não!!!, é de você. Você escolhe dizer: não!!!

Fale: não!!!

Para a injustiça.

Para a intransigência.

Para a arrogância.

Para a soberba.

Para a mentira.

Para a violência.

Para o desânimo.

Para o cansaço.

Para a tristeza.

Para o desespero.

Para o descrédito.

Para o preconceito.

Para o ódio.

para a mesquinharia.

Para tudo aquilo que o impede de ver que

 Deus diz:sim!!!

Breno José de Araújo
Ibirité, Minas Gerais, Brasil 08 de maio de 2010, véspera do "Dia da Mães".

Transformação do mundo

A maioria das pessoas quer mudar o mundo, somente,
não a si mesmas.
Os outros tem que mudar.
"Os de baixo", dizem os de cima.
"Os de cima", dizem os de baixo.
"Os homens" dizem as mulheres.
"As mulheres" dizem os homens.
"Os professores" dizem os alunos.
"Os alunos" dizem os professores.
"A família" diz a escola.
"A escola" diz a família.

Começamos a ameaçar e pressionar.
Compreendemos, tão dificilmente, que ninguém tem o direito de forçar outros a uma mudança.
Quem quer mudar pessoas à força é um ditador.
O homem é o único ser que consegue mudar a si mesmo. Somente assim muda o modo da convivência humana.

"Estruturas sociais" não podem mudar a si mesmas.
Estas são feitas por pessoas, sustentantadas e mantidas por pessoas.
Quando os homens não mudam, não muda coisa alguma.

Transformar o mundo?

Começo esta tarefa sempre de novo comigo mesmo.

(Phil Bosmans in: Ser voluntário. Quem? Eu? Reflexões para os nossos dias. Coletânea elaborada por Tini Shoenmaker Stoltenborg. Campinas: Editora Komedi, 2001. Paginas 60-61 Texto adaptado por Breno José de Araújo)

"eis que faço novas todas as coisas"

Nós somos educadores mais que professores. Somos um tipo diferente de profissional. Não trabalhamos com máquinas, nós trabalhamos com gente!
Mas, como é difícil essa tarefa.
Nós envelhecemos. Não adianta querer esconder essa verdade. O professor é velho! Tem de ser. Não nos escandalizemos com isso. Repetindo o clichet "ningúem quer morrer, mas ninguém quer ser velho" Nós somos velhos na verdadeira acepção do termo. Porque nossos educandos são novos, fresquinhos. No diálogo entre velhos e novos acontece o crescimento! Isso não é pouco.
Velhos, sim, velharia, não! Somos educadores que precisamos nos renovar a cada dia. Porque entra ano e sai ano e há sempre uma leva de "novos" chegando. O perigo é enrijecermos, cansarmos, desanimarmos, de novo? Nos perguntamos. Sim, de novo. O que trabalhamos arduamente no ano passado terá que se repetir. Para eles é novo, para nós é velho. Por isso somos velhos.
Preconceito. Tiremos o preconceito de nossas vidas. Sejamos como eles, "novos", porque o novo não tem preconceito, ele não sabe que "que bicho que vai dar" por isso espera a revelação do mistério. Porque tudo é novo.
Velhos, porque sabemos o caminho a trilhar, a situação para nós não é mais nova, já vimos isso antes. "Deja v´u" O perigo é o cansaço. Não nos cansemos. Se encararmos a situação como sempre nova, não nos decepcionaremos.
Por isso assumo: "eu sou um velho" com muito orgulho. Queira Deus que possa ser por muito e muito tempo. Até que o novo de hoje me diga um dia: "Pode deixar, agora sou eu o velho"