Esperança, Fé e Amor, ou a certeza da Vitória, que dá certo e que funciona!

Titubeamos!
Não tem jeito, nossa indecisão e insegurança nos atrapalha!
Angustiamo-nos muitas vezes por acharmos que nada dá certo. Parece que nos cansamos gastando uma energia inútil, sem sentido. Parece que nada dá certo. Vivemos como que num caos, num turbilhão...
Dá vontade de gritar: _Pare o mundo que eu quero descer!
Isso é o que eu chamo de angústia! Um sentimento que paralisa, sobressalta o coração e dá um enorme "peso" na cabeça. Deprimente, diga-se de passagem.
Mas, o que é isso? Ânimo, rapaz. Vem uma voz de dentro de meu ser e me deixa constrangido!
Ponho-me a conversar com Deus e peço um pouco de luz, que guie o meu caminho. Ele me responde: "Coragem, eu venci o mundo" Peça e receberá! Procure e encontrará! Bata à porta e ela se abrirá!
No centro do turbilhão começo a divisar, então, alguma ordem no caos. Percebo o Cosmos(um tudo ao mesmo tempo agora um vai e vem uma dinâmica que me deixa tonto...) Mas, há uma ordem. As coisas acontecem e dão certo! As engrenagens estão se movimentando e funcionando muito bem. Há chance de vitória.
Quando Cristo levou seus três discípulos "mais chegados" como se diria hoje: Pedro, Tiago e João para o monte Tabor para rezar, mostrou a todos nós, que existe a Vitória! Ele nos garantiu essa certeza! Moisés e Elias, naquele momento também participantes do encontro, mostravam que primeiro haveria o sofrimento.
Deus garante que o Filho Amado deva ser escutado.
"Nossas dúvidas são traiçoeiras, porque nos fazem perder o bem que poderíamos obter por medo de tentar" Shakespeare disse isso e um poeta brasileiro disse que ninguém vai sonhar nossos sonhos. É nossa responsabilidade.
Vai dar certo, experimente! Funcionará! A fé é um meio de já se obter aquilo que se espera.
Por que estou eu a dizer isso tudo aqui?
Porque essa é a proposta do blog. Sim, eu escrevo através de minhas motivações pessoais, não poderia ser diferente. Ninguém escreve se não tiver um assunto que conhece ao menos parcialmente. Mas, quero ser aquela "voz que grita no deserto" pode ser que alguém leia isso e lhe brote uma idéia na cabeça que o anime em meio ao turbilhão em que possa estar envolvido. E mesmo que ninguém leia, já que é um deserto mesmo. O Espírito que me move a escrever paira onde quer e não digo palavras minhas, sirvo apenas para confirmar a certeza da vitória, que dá certo, que funciona!

quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

Cada coisa em seu devido lugar.


 Figuras geométricas usadas em sala de aula - Escola Municipal Eva Fernandes Caldeira 

-  Sarzedo - MG 2023


Cada coisa em seu devido lugar.

No mês de janeiro fiz uma arrumação no quartinho de casa que estava literalmente

uma bagunça!

Estava tudo amontoado, jogado, bagunçado mesmo.

Não dava nem para entrar direito no quartinho, pois os objetos impediam a passagem.

Tudo jogado.

E a procrastinação "nadando de braçada", amanhã eu arrumo...

Pois bem, o dia chegou.

Bem, não foi o dia, foram os dias, demorei uma semana para arrumar.

Precisei de um trabalho minucioso de separar item por item, 

e pensar em qual lugar tal coisa ficaria.

Era um tal de desemaranhar fios, cordas, arames.

Separar e juntar um tanto de parafusos, pregos, 

buchinhas que estavam soltas em tudo em que era canto.

Decidir o que não servia mais, e podia ser jogado fora para a reciclagem.


Você já guardou objetos dizendo "um dia eu vou precisar?"

Bobagem, você não vai precisar de jeito nenhum, pense bem. 

Se ficou um tempão lá, e 

você até se esqueceu que ele existe. Não vai precisar, pode descartar.

Existe um monte de peso inútil que a gente carrega e guarda.

Para quê?

Olhe o que diz as sagradas escrituras: 


"Jesus chamou os Doze e começou a enviá-los

de dois a dois. Deu-lhes poder sobre os espíritos impuros e recomendou-lhes que

nada levassem para a viagem, a não ser um bastão: nem pão, nem sacola, nem

dinheiro no cinto; que andassem com sandálias nos pés, mas não vestissem duas 

túnicas." (Marcos 6, 7-13)


O que eu compreendo dessas palavras?

Não carregue peso inútil.

Leve somente o necessário.

Nada de excesso.


Já observou o tanto de peso inútil que a gente carrega?

Falo de coisas, mas falo também de outras coisas.

Depois que eu limpei meu quartinho e tirei o excesso, ficou muito melhor para poder

trabalhar. Agora sei onde exatamente minhas ferramentas estão.

Não perco um tempo inútil procurando e me perguntando: onde está o martelo?

Onde foi que eu o coloquei?

Nisso eu fico nervoso, eu me desgasto, perco tempo, perco o equipamento e não faço

a tempo e com precisão o que precisava ser feito.


Prentice Mulford disse que "pensamentos são coisas", pois bem. 

É preciso organizar nossos pensamentos, nossas ideias e sentimentos da mesma forma

que organizamos nossas coisas. Descartar o inútil, ficar somente com o necessário.


Cada coisa deve estar em seu devido lugar. Nós devemos estar no nosso devido lugar.


Qual é o meu lugar no mundo?

Onde estou? Que lugar estou ocupando?

Estou guardando coisas que não me servem mais?

Eu preciso mesmo disso?

São perguntas que precisamos fazer constantemente.


Ontem é passado, amanhã é um mistério, o que temos é somente o hoje, por isso 

se chama presente. Conhece esse ditado?

Então, por que ficamos guardando ressentimentos, mágoas e coisas que passaram conosco

no passado?

Por que nos afligimos pelo que possa aparecer amanhã? 

Não temos o dia de amanhã.

Eu posso morrer hoje.

Aliás, esse é o tempo de cada morte.

Observe as manchetes dos jornais: "Morreu hoje Zagallo, morreu a atriz que trabalhou na novela..., 

morreu hoje fulano, beltrano, trajano...


Na nossa caminhada de vida não podermos levar peso em excesso.

Com peso extra gastamos mais energia, nos cansamos mais, nos desgastamos.

A jornada fica mais árdua e menos prazerosa.

O gostoso da viagem é curtir a paisagem, conhecer lugares novos e bonitos.

Aliás, também não vale ir correndo, é preciso ir devagar.

O destino está lá esperando.


sábado, 27 de janeiro de 2024

Música para o teatro "Os Guardiões da Terra contra o Monstro da Poluição"


 

Ao pesquisar músicas para o teatro encenado pela turma "Marrom" 

alunos do 4 ano do Ensino Fundamental no ano de 2023, eu descobri esse vídeo no

You Tube e não é que ele se encaixou bem com a nossa história?

Veja a tradução da música:




A música é de uma mensagem tão poderosa!

O desenho eu pesquisei no Google e achei que combinou perfeitamente com a

heroína do teatro: "É Gaia, pronta para a luta."

O desenho foi colorido pelos alunos em sala de aula, nesse caso pela aluna

Isabelly.

A música e a letra foi trabalhada como conteúdo de Língua Portuguesa.

A letra traz uma mensagem de encorajamento para vida.

Gosto muito dessa parte: "Tire os monstros de sua cabeça, durma em paz!"

Não tem coisa melhor de nos livrarmos de nossos pesadelos e poder dormir?

Por isso, durma em paz!

Esqueça os problemas, enfrente seus medos. Viva feliz!

Você merece!

sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

TECENDO UMA AULA

 




                                     Sala de aula da Escola Municipal Eva Fernandes Caldeira


TECENDO  UMA  AULA

Breno José de Araújo


Um professor sozinho não tece uma aula:

ele precisará sempre de seus alunos.

De um que apanhe sua explicação que ele

e pergunte a outro; de um outro aluno

que apanhe a explicação que uma aluna antes

e pergunte a outra; e de outros alunos

que com muitos outros alunos se cruzem

as dúvidas e perguntas de suas mentes,

para que o conhecimento, desde uma teia tênue,

se vá tecendo, entre todos os alunos.


2

E se encorpando em tela, entre todos,

se erguendo tenda, onde entrem todos,

se entretendendo para todos, no toldo

(o conhecer) que plana livre de armação.

O conhecimento, toldo de um tecido tão aéreo

que, tecido, se eleva por si: luz balão.




Paráfrase de "Tecendo a Manhã" de João Cabral de Melo Neto.

Educação pela Pedra e outros poemas

Rio de Janeiro: Objetiva, 2008.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

Devagar, devagar...


            Inseto no quadro da Escola Municipal do Bairro Jardim das Rosas, Ibirité-Minas Gerais


Brinco com meu filho de 4 anos de esconde-esconde, é sua brincadeira favorita.

A gente precisa esconder o rosto e contar de um até dez para dar tempo do outro se esconder.

Eu costumo brincar e começo a contar de forma rápida: 1,2,3,...10.

Ele volta e fala para mim: "pai, de-va-gar..."

É gostoso demais ouvi-lo dizer isso. Eu me divirto. E depois conto devagar.

Sabe que aí está a chave de uma vida mais tranquila com menos stress?

Diminuir o ritmo de nossas vidas.

Estamos indo muito rápido!

Não sabemos esperar, não temos paciência...

É o resultado do acesso aos bens materiais que temos hoje, diferente de 30 anos atrás.

Pense comigo, pelo menos é a minha experiência. 

Antes, tínhamos uma televisão preto e branco com apenas 4 canais disponíveis.

Normalmente o melhor canal era da TV GLOBO, acredito que a emissora tinha mais

recursos que as concorrentes.

Mas, eram 3 minutos de programa e 7 minutos de propaganda e tínhamos a paciência 

de esperar. Dava tempo de ir ao banheiro e beber água. Falando em paciência,

nosso programa favorito tinha dia e hora marcada por semana e os episódios podiam ser

repetidos, nos assistíamos assim mesmo.

Todos os integrantes da família via o mesmo programa e dormíamos cedo.

Quando eu ia para a casa de minha tia precisava pegar dois ônibus para ir e dois para voltar.

Havia um tempo de espera do ônibus que podia chegar a uma hora.

Esperar a sua vez era normal, saber compartilhar também. 

Esperar na fila para se fazer uma chamada telefônica, cada ficha dava direito a 3 minutos.

Hoje, temos carro, temos internet, celular, netflix e uma infinidade de bens materiais que

transformaram nossa vida bem mais confortável.

Não damos conta de esperar 30 segundos de tempo para pular a propaganda do You Tube.

Cada membro da casa tem seu perfil individual na TV que oferece uma infinidade de opções

de acordo com um algoritmo que "advinha suas preferências". 

Tudo entregue de "mãos beijadas"

não precisa nem ter o trabalho de pensar.

Mas, esperar é muito importante.

Custa muito!

Sabe quanto custa!

Custa VIDAS!

Quantas pessoas não morrem por ano no Brasil por causa de acidentes de trânsitos?

Muitas vezes o motivo é a velocidade do veículo que estava muito acima da permitida.

Há muito tempo tirei a foto acima. É um inseto camuflado de folha. 

Estava pousado no flanelógrafo  de uma sala de aula. 

Achei interessante e não tive dúvidas: fotografei.

Ele é lindo! Mas, me fala mais.

Sabe o que ele me fala?

O mimetismo é uma forma dele se defender dos predadores. 

Ele se parece com uma folha seca.

Vai se misturar junto de outras folhas. 

O predador que passar muito rápido não vai prestar atenção nele. 

Viu? Diminuir o ritmo, salva vidas!





quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

Amar (Carlos Drummond de Andrade)

 


Amar


Que pode uma criatura senão,

entre criaturas, amar?

amar e esquecer,

amar e malamar,

amar, desamar, amar?

sempre, e de até de olhos vidrados, amar?


Que pode, pergunto, o ser amoroso,

sozinho, em rotação universal, senão

rodar também, e amar?

amar o que o mar traz à praia,

o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha

é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?


Amar solenemente as palmas do deserto,

o que é entrega ou adoração expectante,

e amar o inóspito, o cru,

um vaso sem flor, um chão de ferro,

e o peito inerte, e a rua vista em sonho e uma ave de rapina.


Este o nosso destino: amor sem conta,

distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,

doação ilimitada a uma completa ingratidão.

Na concha vazia do amor a procura medrosa,

paciente, de mais e mais amor.


Amar a nossa falta mesma de amor e na secura nossa

amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita.



Texto de Carlos Drummond de Andrade anotado em meu caderno no dia 19/07/1994. 

Não sei mais em qual livro eu copiei. Eu só sei que quando li esse texto eu gostei muito.

30 anos atrás. 

O que eu estava fazendo nessa época?

Tinha 20 anos. Estava desempregado mas estava estudando. Eu fazia magistério 

na Escola Sandoval Soares de Azevedo em Ibirité- MG.

Eu lia muito, mas muito mesmo! Disso eu posso me orgulhar.

A leitura é para mim um hábito. Desde quando aprendi a ler, eu sempre estou lendo.

E há autores que me marcam, como Carlos Drummond de Andrade. 

Tenho textos dele que guardo e leio sempre, como esse acima.

Quando li esse texto pela primeira vez já causou impacto. 

Tem uma sonoridade, tem humor. 

Um poema é uma brincadeira com as palavras, e foi essa brincadeira

que me cativou, achei gostoso recitar esse poema.

Hoje, 30 anos se passando o que esse poema me fala de novo?

Continua gostoso de recitar, continua novo em folha.

Mas, me fala mais.

Está falando do amor, um amor em si mesmo, sem regras, sem motivos, sem nada.

Apenas o amor pelo amor.

O que esse poema, testemunha de um Breno de 20 anos, pode dizer ao mesmo com 50?

Continue amando.




terça-feira, 9 de janeiro de 2024

Os Guardiões da Terra contra o Monstro da Poluição II



Observe a imagem acima.

Tem algo errado, algo está fora do lugar.

O que aquela garrafa de plástico está fazendo ali?

Ela está no lugar errado.

Não pertence a esse ambiente.

Sabendo que o plástico não se degrada facilmente, 

essa garrafa se ninguém a retirar pode ficar 

eternamente aí.

Ela faz parte da natureza? Não.

Alguém deixou essa garrafa aí. 

Ela não nasceu aí como as sementes, não é natural. 

A garrafa é produto da ação humana. 

Ela está dizendo que alguém não tem consciência ambiental.

Ela está dizendo que alguém não se importa. 

Alguém passou por ali e simplesmente jogou a garrafa.

Ela lhe serviu para matar sua sede e depois foi descartada.

No teatro: "Os Guardiões da Terra contra o Monstro da Poluição"

há esse trecho:

É tanto resíduo que os homens produzem

que não dá nem para contar

resíduo para cá

resíduo para lá

Pra quê? Pra quê?

Para me dar mais poder...

É isso.




 

segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

Como aprender a ler?

 




Mal secreto

Raimundo Correia


Se a cólera que espuma, a dor que mora

n'alma e destrói cada ilusão que nasce,

tudo o que punge, tudo o que devora

o coração, no rosto se estampasse;


Se se pudesse, o espírito que chora,

ver através da máscara da face,

quanta gente, talvez, que inveja agora

nos causa, então piedade nos causasse!


Quanta gente que ri, talvez consigo

guarda um atroz, recôndito inimigo,

como invisível chaga cancerosa!


Quanta gente que ri talvez existe,

cuja ventura única consiste

em parecer aos outros venturosa!



                           

Quando se aprende a ler a escrever, o que se faz?

Você lê e escreve.

Recomendo a leitura a todas as pessoas. 


Sou um professor e costumo dizer que a única coisa que ensino é a leitura.

Não ensino Matemática, Língua Portuguesa, Ciências...

Ensino "LEITURA", ensino a ler e a escrever. 

E não somente se alfabetizar, mas aprender a ler e a  compreender o que leu.

Isso é primordial.


É o trabalho do professor em particular e da escola em geral.

Eu não existo sem a leitura. Eu não existo sem meus livros. 

Pode existir celular, mídias das mais diversas...Mas, nada substitui o LIVRO.


O autor do texto passa uma mensagem para o leitor ao longo do tempo. 

É uma conversa com tempo e  hora marcada.

A conversa começa no momento em que o leitor abre o livro e começa a ler.

 E ali o que  se busca terá uma resposta. 

Você não estará sozinho em meio as suas angústias, sofrimento e  esperança. 

Terá alguém com quem conversar.


O soneto acima eu o li, gostei, há muito tempo atrás. 

Esqueci-me de anotar as fontes bibliográficas  (um erro),

 mas não cometo plágio, cito o autor  Raimundo Correa.  

Este texto está anotado no meu caderno.

Tenho muitos textos anotados nos meus cadernos. 

E por que estão lá? 

Porque no momento em que os  copiei foram significativos para mim. 


Lendo o soneto acima, percebo uma grande beleza. 

Acho que não o entendi no início. 

Lendo de novo, acho uma força que revigora.

Uma coisa que falo com meus alunos:

Não se deve ler um texto somente uma vez. 

Deve-se ler tantas  vezes quantas forem necessárias para poder compreendê-lo. 


E o interessante é que todas as vezes que você lê achará sempre algo novo. 

É o mesmo texto, mas  ele lhe passará uma  mensagem diferente 

dependendo do que você  estiver vivendo no  momento,

de sua idade, de sua experiência,  

daquilo que aprendeu ou desaprendeu ao longo dos anos.

Isso se aplica primeiramente a mim mesmo.


O professor deve ser o primeiro leitor. Ele deve ser o leitor por excelência. Pois eu pergunto: 

Como ensinar algo se você não pratica?

O professor não dever ser um leitor de primeira hora, de ocasião, de tempo livre.  

Ele deve ser um leitor de profissão.

Como ensinar a outros algo, se não se faz?


Achei muito interessante quando aprendi a dirigir. 

O instrutor se sentou no lado do passageiro e eu no do motorista.

 Claro, quem ia aprender a dirigir era eu. Óbvio, não? Sem dúvida!

Só se aprende a dirigir...dirigindo. 

Só se aprende a nadar...nadando. 

Só se aprende a ler...lendo.

Como um médico aprende? 

Como um cirurgião aprende a fazer uma cirurgia? 

Será com um açougueiro? 

Ou será com um professor médico, cirurgião também

que tem bastante experiência  naquilo que faz?


Assim também um professor de Educação Básica.

 Só poderá ensinar suas crianças a ler se ele for  também um leitor experiente.

 

sábado, 6 de janeiro de 2024

E.M. DO BAIRRO JARDIM DAS ROSAS: Documento - Projeto Pedagógico - escrito em 2009

E.M. DO BAIRRO JARDIM DAS ROSAS: Documento - Projeto Pedagógico - escrito em 2009: ESCOLA MUNICIPAL DO BAIRRO JARDIM DAS ROSAS RUA BUGARIM, 380 JARDIM DAS ROSAS 3533-6368 32400-000 IBIRITÉ – MINAS GERAIS ...

Professor

 

Alunos fazendo atividades em uma sala de aula da Escola Municipal Eva Fernandes Caldeira, Sarzedo, Minas Gerais, Brasil


Sou um professor de Educação Básica. Fiz o curso de magistério na Escola Estadual Sandoval Soares de Azevedo - Ibirité - Minas Gerais  nos anos de 1995 e 1996. 

Não me esqueço do dia que colei grau como professor. Acostumado a ser tratado como aluno, lembro-me do susto que levei quando se fez chamada para ser receber o canudo e ouvi em voz alta: PROFESSOR Breno José de Araújo.

Eu me assustei com aquilo, achei estranho, ser chamado de professor... receber esse título...

Mas, afinal o que tinha de estranho? Estávamos nos formando para sermos professores. Foi para isso que estudamos. Após o juramento acabávamos de receber o título.

Recebíamos também a responsabilidade que o título carrega.

Acostumados a ser alunos, daquele momento em diante transpassávamos a linha. Estávamos do outro lado. Éramos daquele momento em diante: "professores".

Não tinha me atinado para essa importância.

Acostumados a fazer as coisa por costume, por comodismo. Mas, há momentos em que as circunstâncias ao nosso redor mudam e não percebemos isso. 

Foi o que aconteceu comigo.

Acostumados a receber ordens, acostumados a deixar que os outros pensem por nós. Acostumados que outros façam as coisas por nós. Acostumados a receber as coisa prontas.

Mas, de repente, as coisas mudam...

Não dá, nesse momento, dizer simplesmente:

_ "Não é comigo", "não sou eu não", "Não tenho responsabilidade nisso não", "foi o outro quem fez".

Tudo isso assusta!

Todo dia, ao entrar numa sala de aula, é necessário olhar para aquela turma em geral e para cada aluno em particular e dizer: "Eu sou responsável por você".

Nos dias de hoje, no Brasil, fala-se muito que a profissão do professor é desvalorizada. Acho que precisa colocar um sujeito nessa oração. Desvalorizada por quem?

A educação é feita através do exemplo. O sujeito da oração sou...eu.

Eu dou VALOR ao que faço, valor é diferente de "preço'. 

O educando que estiver perto de nós está sempre nos observando, quer queiramos ou não, somos o exemplo e estamos continuamente ENSINANDO, certo ou errado.

Quando se ocupa o espaço da sala de aula, quando se compartilha um tempo da vida de diferentes pessoas isso tem uma importância enorme.

Se é professor 24 horas da sua vida, não apenas aquele momento em que está na escola. Diversas vezes encontro alunos fora da escola nos finais de semana, férias, em outro lugar. E o aluno: "Professor!... Parece que ele pensa que moro na escola e não vivo fora desse espaço.

quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

Você é muito importante, então se cuida...


Desenho de Maria Eduarda Andrade Dias, minha aluna do quarto ano do Ensino Fundamental I, da Escola Municipal Eva Fernandes Caldeira, Sarzedo, Minas Gerais, Brasil - 2023. 


Nomearei essa Obra de Arte de "Música". 

Como já disse aqui, eu sou um professor. Trabalho na Escola Municipal Eva Fernandes Caldeira, no município de Sarzedo, Minas Gerais.

No ano de 2023 trabalhei com uma turma maravilhosa do quarto ano do Ensino Fundamental I.

Eu recebo vários desenhos dos meus alunos, são demonstrações espontâneas de apreço e homenagem.

Essa aluna em particular, Maria Eduarda Andrade Dias que me presenteou com esse desenho,  fez mais, e eu quero aqui nesse espaço também homenageá-la. 

Ela fez o desenho em folha de caderno e deu uma dedicatória. Na primeira folha ela escreveu: "Você é muito importante, então se cuida" e antes do desenho acima escreveu também "meu amor é do tamanho do universo". Na última folha ela marcou o dia: sexta-feira, 28 de abril de 2023, e a hora 22h56. De Duda para Breno. Desenhou também um hexágono dentro de um coração.

Obrigado Maria Eduarda Andrade Dias, você é um anjo em minha vida. Eu não poderia deixar de mencioná-la aqui. O que é mais interessante é saber que tarde da noite você estava pensando em mim. Você estava pensando na sua sala de aula, colegas e professor.

Que você continue, que você escreva mais e mais, vire uma escritora, vire uma artista plástica, seja uma pessoa de sucesso e feliz! Conheço seus pais, seu pai e sua mãe. Achei também muito interessante vê-los juntos, em todas as reuniões compareceram os dois juntos. No teatro que fizemos compareceram os dois juntos. Que família maravilhosa!

Seu desenho faz parte de minha página de perfil do Facebook. Vou chamá-lo de música, sabe por quê? Porque música é o contrário de barulho. A música pode ser escutada no volume máximo que não incomoda. É um prazer ouvir uma música no volume alto e dançar e curtir. Especialmente se você conhecer a letra e a música é de um cantor ou banda favorita, você canta junto. Você ouve várias vezes sem se aborrecer.

Para haver música é preciso harmonia, é preciso ritmo, é preciso ordem, cadência. Eu acredito que você viu isso na minha sala de aula. Você não perderia tempo fazendo um desenho e escrevendo cartinha para o professor se não gostasse da sala de aula.

Vou fazer uma pergunta a você leitor: "Quando você aprende a ler e a escrever, o que você faz?

Pare a leitura por aqui e leia a pergunta de novo. Leia em voz alta. Vou repetir: Quando você aprende a ler a escrever, o que você faz?

Responda antes de continuar a leitura.

Agora vou responder:

_Você lê e escreve.

Continuo a fazer perguntas:

Você lê o quê? E você escreve o quê? E para quem? E porquê? E para quê?

Voltando no texto da Maria Eduarda, ele é muito importante para se deixar de lado. Ele é muito importante para simplesmente receber e guardar. Sim, guardarei com carinho para sempre, ele é minha relíquia, é meu tesouro.

Mas, ele tem mais, muito mais e é isso que eu quero expor aqui.

Eu tive uma aluna que no alto dos seus nove anos fez uso da leitura e da escrita para se expressar e comunicar todo o sentimento que sentia naquele momento. 

Perceba o que ela fez. Não foi um trabalho obrigatório de escola, não foi uma cópia de exercícios para aprender. 

Ela fez uso social da leitura  e da escrita. Ela foi portadora de uma mensagem de encorajamento, de demonstração de carinho e amor. Ela produziu um conteúdo significativo.

Essa é a razão de ser da escola. 

Esse é o trabalho do professor.

Esse é o meu trabalho.

Obrigado Maria Eduarda Andrade Dias.

 


O SEGREDO DA SANTIDADE


 

O SEGREDO DA SANTIDADE


Todos os dias durante cinco minutos fazei calar vossa imaginação, fechai vossos olhos às coisas sensíveis, e vossos ouvidos a todos os ruídos da terra. Para entrar dentro de vós mesmos, e ali, no santuário de vossa alma batizada, que é templo do Espírito Santo. Falai a este Divino Espírito dizendo-lhe:


"Ó Espírito Santo, alma de minha alma, eu vos adoro, iluminai-me, guiai-me, fortificai-me, consolai-me. Dizei-me o que devo fazer, dai-me vossas ordens; Eu vos prometo submissão a tudo quanto permitais que me suceda. Fazei-me conhecer somente a vossa vontade".


Se fizerdes isto a vossa vida transcorrerá ditosa, serena e consolada, ainda no meio das tribulações. Porque a graça será proporcional à prova, dando-vos a força de sobrelevá-la, e chegareis à porta do paraíso carregado de merecimentos.


Esse texto está colado no meu caderno de anotações datado de 18 a 24 de julho de 2007. 17 anos atrás. Eu recolhi esse texto na cidade de Teixeiras, Minas Gerais. Eu me apaixonei pelo texto. É tão inspirador e motivador. A foto que anexei também é de Teixeiras, é de uma igrejinha que passei perto e resolvi fotografar. 

O interessante do texto, relendo-o agora, 04 de janeiro de 2024, é que não tem autor, não sei quem o escreveu, eu encontrei o texto jogado num canto no lugar onde me encontrava. Peguei, li, gostei e guardei. Agora 17 anos depois estou relendo. Eu só me pergunto: Quem fala desse jeito hoje em dia? Quem escreve desse jeito?  Mas a mensagem é atual. O mundo está cheio de distrações, o mundo está cheio de ruídos, está todo mundo "cheio de vontades", está todo mundo insatisfeito e reclamando de tudo. Todo mundo "exigindo seus direitos", brigando mesmo...

O texto fala em "submissão" , o texto fala em calar e...ouvir.

Não se consegue ouvir no meio do barulho.

PAZ!


 

Paz!


Sou rocha.

Tudo o mais que me confronta

é mar.


O mar é muito...muito maior que eu,

incomensurável!


Fustiga-me incessantemente com violentas ondas.


Continuará, o mar, no tempo.


Eu?

Não.


Aos poucos, são arrancadas  partes de mim,

não durarei tanto, quanto o mar.

Sei disso,


mas, rocha inteira e firme.


O mar pode ser grande quanto for, não importa,

enquanto persevero

respeitar-me-á.


Breno José de Araújo

Itapemirim, Espírito Santo, Brasil.

01 de janeiro de 2012.


Interessante foi ao rever minhas anotações que faço ao longo do tempo.

Eu me deparei com esse texto que escrevi. Sua gestação foi a seguinte:

Eu estava à época sentado sozinho numa grande rocha tendo o mar à minha frente. 

Então me veio o texto à mente e eu o repeti para guardar na cabeça para  quando pudesse escrevê-lo.

Não dispunha de papel e caneta na hora para anotar.

Nessa data, 01 de janeiro de 2012 eu digitei e imprimi. Está colado no meu caderno. Mas, o interessante

da coisa é que já o publiquei numa outra versão do mesmo texto. Está nesse blog na data de 04 de

dezembro de  2023 com o título de "Oceano".


Sou rocha

e
tudo o mais que me confronta
é mar.
É,
o mar,
incomensurável! 
Arranca,
aos poucos, 
com violentas ondas
pedaços de mim. 
Não durarei tanto quanto ele, 
sei disso! 
Mas, 
enquanto persevero,
respeitar-me-á!

É o mesmo texto, mas também é um texto diferente, posso dizer que não é o mesmo texto. Dei títulos 

diferentes. Cortei frases, mudei o estilo. Cada um carrega um espírito diferente. O assunto é o mesmo? 

Me pergunto. Pode ser, respondo. Mas, nesse exato momento, 04 de janeiro de 2024, eu vejo e sinto

tanta beleza! Eu só posso dizer: Obrigado Senhor!

segunda-feira, 1 de janeiro de 2024

SALMO 67(66)


 

"Deus tenha piedade de nós e nos abençoe,

fazendo sua face brilhar sobre nós,

para que se conheça o teu caminho sobre a terra,

em todas as nações a tua salvação."

 (Bíblia de Jerusalém)