Desligue o celular.

 

Como a proposta desse blog é ser uma voz para que a Esperança possa florescer no mundo,

eu venho aqui nesse espaço pedir a todos que "desligue o celular".

Esse aparelho é um vício.

Ele produz o mesmo efeito de drogas alucinógenas no nosso organismo.

Uma prova do meu argumento é:

"Desligue o celular".

Você consegue ficar duas horas longe dele e desligado?

Você consegue?

Caso não consiga se desligar do seu celular, 

acredito que você precise parar para pensar.

O celular estimula áreas de recompensa do cérebro e 

faz com que você queira sempre mais.

Os algoritmos dos aplicativos são programados 

para lhe oferecer cada vez mais daquilo

que você "curtiu" ou assistiu.

Ele vai lhe oferecer cada vez mais do conteúdo que você

gosta.

E o tempo vai passando e você nem percebe.

Vai lhe distraindo.

Tirando o seu foco.

Entorpecendo você.

Enchendo você de conteúdo.

Mas, você nunca está satisfeito.

Desligue o celular, por favor.

A sociedade está pagando um alto preço por isso.

Você consegue dormir?

Por um acaso você consegue

"desligar" o seu cérebro e ter oito horas ininterruptas de  sono?

Não, não consegue?

Experimente desligar o seu celular.

Será difícil!

A crise de abstinência cobrará o seu preço.

Contudo, é preciso.

Você se senta à mesa, há outras pessoas ao seu redor, você conversa com elas?

Não, você não conversa com elas, porque você fica vendo aqueles vídeos curtos, 

engraçados, um após o outro.

Você não vê a pessoa ao seu lado.

As crianças são as maiores vítimas.

Não dê um celular próprio ao seu filho.

Limite o tempo dele com o celular à mão.

Uma criança não pode ficar "o dia inteiro" com o celular na mão.

Você conhece os conteúdos que passa naquele aparelhinho sem você saber?

Na maioria das vezes não são saudáveis: 

geralmente violência, sexualidade, e que o mais tiver. 

Tudo sem filtro, sem nenhuma recomendação educativa.

O adolescente chega à escola agressivo, cheio de vontades, não quer estudar.

Porquê?

Por que ele não tem mais paciência para esperar.

Ele não tem mais paciência para escutar.

Ele quer tudo ao mesmo tempo, agora!

Ele não sabe ouvir um NÃO.

E na escola e na sociedade a vida não é assim.

Tudo tem regras, tudo tem um limite.

Há diversos NÃO sendo falado o tempo todo.

Você deve obedecer o tempo, saber esperar sua vez: 

_ Para falar, para merendar, para passar na via, esperar o sinal verde no cruzamento da rua.

Quantas pessoas não são atropeladas hoje, qual é o motivo?

Quem não soube esperar para passar?

Quem estava em alta velocidade sem prestar atenção ao pedestre?

Por isso, eu falo: 

A sociedade está pagando um alto preço pelo uso excessivo do celular.

É uma epidemia.

É uma doença.

Desligue o celular.

Pelo menos uma vez.

Procure orar a Deus.

Conecte-se com Deus.

Você e Deus, somente.

"entre no seu quarto, feche a porta, e reze ao seu Pai ocultamente; 

e o seu Pai, que vê o escondido, recompensará você."

Mateus 6,6.

O poeta é um profeta

 

O Rio

Manuel Bandeira

Ser como o rio que flui

silencioso dentro da noite.

Não temer as trevas da noite.

Se há estrelas nos céus,

refletí-las.

E se os céus se pejam de nuvens,

como o rio,

as nuvens são água.

Refletí-las também

sem mágoa

nas profundidades tranquilas.

O poeta é um profeta

O poeta é um profeta,

não por profetizar o futuro

como é comum se pensar.

É um profeta por ouvir

 palavras divinas

e ter a sensibilidade de as traduzir.

Cria palavras

e com

  elas, imagens

que por nós 

mesmos não

conseguiríamos expressar.

O Cosmos

 

Escrevo esse blog para compartilhar ideias.

Escrevo esse blog pois preciso escrever.

Há algo que não sei explicar,  que me faz escrever.

Aprendi na escola a ler e a escrever.

Sobre a leitura, eu posso dizer que alcancei a meta, eu leio muito.

Não consigo parar de ler, eu leio de tudo, graças a Deus!

A leitura é uma forma de eu me organizar mentalmente.

Ela me ordena.

Todas as vezes em que eu me deparo com dificuldades na vida, 

eu recorro à leitura.

Ela tem me valido tanto!

Agora, em relação à escrita. Não tenho uma boa relação.

Acho que é porque a escrita é algo mais elaborado, trabalhoso e exige mais.

A escrita exige muito!

Exige muito mais do que a leitura.

A leitura vem à mim, a escrita eu vou a ela. São exercícios diferentes.

E o interessante, uma depende da outra. 

Para eu poder publicar o texto escrito, antes eu preciso ler esse mesmo texto até me 

certificar de que atende às exigências da escrita.

Por isso eu recorri a esse instrumento: o blog.

Nele, uma disciplina se faz necessária.

Não posso escrever qualquer coisa e nem de qualquer forma.

Eu preciso ter um conteúdo para falar.

Eu preciso obedecer à normas gramaticais da Língua Portuguesa.

Eu tenho um leitor que vai avaliar o que eu estou lendo. 

Esse leitor poderá ser implacável com os meus erros.

Por isso, preciso ser responsável.

Tenho em mente tudo o que aprendi na escola para poder exercer esse ofício:

_"Blogueiro".

Caro leitor, informo-lhe que sou um professor.

E como tal, as minhas postagens se referem à minha experiência com a leitura e

a escrita.

E como professor, eu não posso ensinar o que não pratico.

Sabe, leitor anônimo: 

O meu primeiro leitor sou eu mesmo.

Eu escrevo no blog para melhorar minha própria leitura e escrita. 

Sabe, a leitura é um COSMOS, ou seja, é um UNIVERSO.

Na introdução desse blog eu cito o CAOS e o COSMOS. 

Não são entes dicotômicos.

É possível divisar ordem no caos, é possível perceber o cosmos no caos.

Por muito tempo eu achei que vivia num caos.

Eu sentia uma angústia que me pertubava muito.

Eu não sei como começou.

Em princípio eu não tinha esse sentimento, mas com o passar do tempo e devido

as experiências que fui tendo na vida, foi aparecendo essa angústia.

Eu nunca soube como nomeá-la.

Confidenciei essa angústia à algumas pessoas mais próximas, que tentaram me ajudar.

A angústia não foi embora, esteve sempre ali como uma brasa a me queimar.

Ela continuou a me atormentar e a ficar cada vez mais forte,

até o momento  em que  eu sucumbi.

A vida é uma caminhada, e nessa caminhada da vida eu vejo a ordem no caos.

Não há mais angústia.

Ela foi embora.

A ferida cicatrizou, não dói mais.

Toda vez que eu me lembro, a minha resposta é o riso.

Eu só tenho de rir.

Não dizem que ri é o melhor remédio?

Pois bem, eu rio.

Salmo 137(138)

OBRIGADO!

(Para renovar sempre a fé e o compromisso)

1- De todo o coração vou te cantar,

pois escutaste aquilo que eu te disse.

Eu vou cantar na frente de teus anjos,

pisando no ladrilho de teu templo.

2- Eu vou louvar teu nome tão bonito

porque tu és bondoso e tão legal,

porque fizeste coisas espantosas.

Teu nome lembra o amigo que não falha.

3- Quando eu chamei por ti tu me escutaste

e deste-me a coragem que eu não tinha.

Os reis da terra, todos, vão louvar-te,

ouvindo-nos contar o que fizeste.

4- Cantemos as proezas do Senhor:

"A fama de meu Deus não tem igual!"

É grande, mas exerga os pequeninos

e espia bem longe os orgulhosos.

5- Eu vivo labutando e Deus me ajuda,

me estende a mão e eu venço os inimigos.

Senhor, termina o que tu começastes

e não esqueças que tu me criaste.

6- Ensina-me o teu caminho, Senhor,

e caminharei de acordo com a tua verdade.

Conserva íntegro o meu coração

no temor do teu nome.

Obrigado, Senhor!

(Texto copiado em 07/03/2009 do livro ABRA A PORTA: cartilha do povo de Deus. Redação e organização da equipe das dioceses de Caratinga, Tófilo Otoni, Divinópolis e Araçuaí, desenhos irmã Zoé. 9 ed. renovada. São Paulo: Ed. Paulinas, 1985)

Qual caminho seguir?

 

Qual caminho seguir?

Eu quero chegar ao meu destino e 

Pergunto a Deus:

Qual  caminho  seguir?

Ele me indica um caminho que sabe

que será melhor para mim.

Mas, eu percebo que não é o mais fácil e nem o mais curto.

Então, eu me revolto.

O que é isso?

Você não quer me ajudar.

Pode deixar que eu resolvo.

Prestemos atenção à pergunta:

 _ Qual é a meta?

A resposta:

_Não é chegar ao destino?

Aqui está a prova de fé.

É preciso confiar em Deus.

Ele sabe o que é melhor para mim.

Quando um rio encontra um obstáculo pela frente ele não o enfrenta.

Ele dá a volta e através de sinuosos e longos caminhos vai chegar mansamente 

ao seu destino na foz, no seu encontro com o mar.

Jesus falou que há duas portas: uma larga e uma estreita.

Diz também que a maioria das pessoas preferem a porta larga.

É o caminho mais fácil.

Contudo, Jesus nos diz:

 _ "Entrai pela porta estreita, porque

larga é a porta e

espaçoso é o caminho que leva à perdição." (Mt 7, 13)

Fazer a coisa certa nunca é fácil.

Construir uma casa, leva tempo.

Educar uma criança, leva tempo.

Vencer nossos vícios, leva tempo.

Controlar nossas emoções, leva tempo.

Nenhuma delas são ações fáceis e curtas.

Todas exigem tempo e muito trabalho duro.

Qual é o caminho a seguir, meu Senhor?

_"Escute minhas palavras e execute." 

(Mt 7,24)

A Graça de Deus

A Graça de Deus

Eu clamei ao Deus altíssimo,

ao Deus que faz tudo por mim.

Eu bati à sua porta.

Eu chorei amargamente,

esperando que Ele abrisse.

Sabendo que

do Céu Ele me enviaria

a Sua Graça.

Sarando o que nos atormentava!

Deus envia seu amor e sua fidelidade.

Meu coração está firme, ó Deus!

Meu coração está firme.

Agora, eu vou louvar-te, ó meu Deus!

Pois o teu amor é maior do que o céu.

Eu fui agraciado por Deus!

Muito obrigado, Senhor!

Muito obrigado!

Fonte da imagem: Porta lateral da Igreja do Pilar - Ouro Preto - MG (12/06/2024)
 

"E quanto tudo chegar ao caos, a escola ainda será a salvação" Helena Antipoff

         Estátua da professora Helena Antipoff em frente à Fundação que leva seu nome. Ibirité - MG

Helena Wladimirna Antipoff nasceu em 25 de março de 1892 em Grodno, na Rússia. Filha do General Antipoff, diretor da Academia Militar e de Sofia Antipoff, professora de grego, com ideias progressistas.

D. Helena viveu mais de 40 anos no Brasil, onde faleceu em 9 de agosto de 1974, e está sepultada no cemitério do Canal, local que ela escolheu e adquiriu para sua eterna morada, em Ibirité.

Helena Antipoff veio para o Brasil, em 1929 a convite do Secretário de Educação e Saúde Pública do Estado de Minas Gerais, Francisco Campos, no governo de Antônio Carlos de Andrada, para ser professora de Psicologia Educacional na Escola de Aperfeiçoamento de Minas Gerias. Fundou em Belo Horizonte o 1º Laboratório de Psicologia Aplicada na América do Sul. Esse Laboratório, sob sua direção, promoveu a organização das classes nos grupos escolares de Belo Horizonte e em diversos outros grupos no interior do Estado, de acordo com o critério do desenvolvimento mental, da idade cronológica e da escolaridade. A existência de um grande número de excepcionais tornou-se assim patente, e daí surgiram as classes especiais e a criação da Sociedade Pestalozzi de Minas Gerais em 1932.

Já na década de 1930, D. Helena fazia ver a necessidade de criar Jardins de Infância e chegou a fundar alguns em Minas, formando professores especializados, reconhecendo a importância do atendimento ao pré-escolar, dentro do conceito, hoje, cientificamente comprovado da formação intelectual e emocional da criança realizar-se em seus primeiros anos de vida.

Em 1947,  Helena começou a luta pelas crianças do campo. A convite do Governador Milton Campos e do Secretário de Educação Abgar Renault para cuidar do ensino rural, chefiou o SOTER (Serviço de Orientação Técnica de Ensino Rural) na SEE (Secretaria de Estado da Educação). Instalou-se na Fazenda do Rosário, criando os cursos de treinamento de professores rurais e a Escola Sandoval Soares de Azevedo – (ESSA), para formar professores rurais, em regime de internato. Mais tarde criou o ISER para formar professores para as escolas normais rurais e o Instituto Superior de Educação Rural (ISER) que, em 1970, foi transformado em Fundação (FEER), hoje (FHA) – Fundação Helena Antipoff. Foi, também, sua grande preocupação a realização de eventos socializadores, com vistas a educação integral, tais como: festa do milho, festas juninas e outras.

Fonte: FUNDAÇÃO HELENA ANTIPOFF, Memorial Helena Antipoff, disponível em <http://fha.mg.gov.br/pagina/memorial/helena-antipoff>. Acesso em 09 de junho de 2024.

Se você estiver achando que a vida está difícil no momento, 

e que as coisas não vão melhorar.

Se estiver esperando, achando que é necessário uma melhora.

Você está cansado da luta.

Você não desistiu, mas está querendo. 

Porque parece que não está vendo nada de bom.

Então, eu lhe ofereço a imagem de dona Helena Antipoff.

Mesmo que você nunca ouviu falar dela. 

Leia a bibliografia acima novamente.

Passo em frente de sua imagem de vez em quando.

Estudei na escola que ela fundou.

Não a conheci pessoalmente. 

Mas, sua presença ressoa por toda a cidade.

Ela ajudou a construir a cidade de Ibirité, pôs sua obra no brasão do município.

Se achamos que a vida está difícil hoje, imagine no tempo em que ela viveu?

Quando tinha 22 anos viu a Primeira Guerra Mundial (1914-1918).

Ela veio para o Brasil em 1929, e sabe que tempo é esse?

O tempo da grande crise mundial,

da quebra da bolsa de valores de Nova York - EUA.

Depois disso se seguiu a Segunda Guerra Mundial (1939-1945)

Foi celebrada na data de seis de junho, 

o dia D, o desembarque das tropas aliadas na Normandia - França.

O Brasil vivia tempos conturbados de ditaduras. 

Começou a viver uma democracia duradoura só a partir de 1988.

Tempos muito difíceis que passou uma  professora.

Ela saiu de seu país e veio construir uma 

obra em um outro lugar bem distante e 

com cultura tão diferente da sua.

Será que havia tantos recursos disponíveis, como temos hoje?

Eu acho que não.

Suas obras hoje são responsáveis 

pela formação de milhares de crianças e jovens.

Formam os professores das crianças do município 

que trabalham nas diversas escolas espalhadas por Ibirité  

e Região Metropolitana de Belo Horizonte.

A cidade de Ibirité e seus moradores formam sua herança.

Hoje, há novos desafios a enfrentar. 

Estamos sempre construindo e desenvolvendo a sociedade.

Não podemos nos deixar amedrontar e perder a esperança, 

assim como Helena Antipoff, miremos em seu exemplo.

"Together we stand, divided we fall"

(Pink Floyd - Hey You.)

 

 

Silêncio.

                                                         Igreja em Joaquim Felício - MG

Silêncio.

Silêncio.

Silêncio.

Repeti três vezes a palavra: "Silêncio".

Para poder escolher uma imagem para essa postagem pensei em algo que

pudesse transparecer o tema do silêncio.

A imagem acima de um igreja próxima a uma vegetação e sem nenhuma pessoa

por perto pareceu-me a mais adequada.

As portas estão fechadas e não há ninguém por perto.

Joaquim Felício é uma cidade do interior de Minas Gerais com poucos habitantes.

É um lugar propício para percebermos o silêncio.

Estamos a volta com muito ruídos:

É TV, CELULAR, RÁDIO, CONVERSAS, SONS DE CARRO...

Não cessa, está todo mundo "ligado".

Mas, é preciso desligar.

É preciso fazer silêncio.

Por quê?

"O céu manifesta a glória de Deus,

e o firmamento proclama a obra de suas mãos.

O dia passa a mensagem para outro dia,

a noite a sussura para a outra noite.

Sem fala e sem palavras,

sem que a sua voz seja ouvida,

a toda a terra chega o seu eco,

aos confins do mundo a sua linguagem."

Salmo 19

Para se poder ouvir é preciso fazer silêncio.

Como diz a Raposa ao Pequeno Príncipe no livro de Antoine de Saint-Exúpery:

"e tu não dirás nada, as palavras são uma fonte de mal entendidos."

Façamos esse exercício de silenciar coração e mente a todo rebuliço do mundo

ao nosso redor para podermos ouvir as palavras de Deus e  assim saber discernir

qual caminho é melhor para percorrer na estrada da vida.