Você paga o Dízimo? Não? Pois deve.
Decidi pagar o Dízimo a algum tempo. Comecei com pouco, estipulei três por cento do meu ganho e passei a pagar regularmente. Antes dessa decisão eu lutei comigo mesmo, achando que não devia pagar. Pensei que apenas o meu serviço na Igreja seria suficiente. Ouvia os padres falarem sobre o Dízimo, mas, nunca dei muita imporância para isso.
Com o tempo achei que devia também dar a oferta nas missas e/ou nos cultos. Estipulei dois reais por oferta. Algumas vezes não tinha dois reais na carteira, tinha cinco reais e lutei contra mim mesmo, não tenho dois reais... vou precisar dos cinco...?!!
Resolvi ir lá e dá os cinco reais sem titubeação. Houve uma vez que tinha apenas dez reais, dei assim mesmo. Puxa vida! Que mesquinharia a minha. Passei a observar que gastava muito mais, mas, muito mais mesmo! Com bobagens, pior, com pornografia, confesso.
Mais um tempo se passou e li uma passagem da Bíblia onde Davi dizia que não ofertaria um holocausto a Deus que não lhe custasse nada. Tinha de custar alguma coisa e mais o Senhor agradaria se mais sacrificado fosse.
Lembro-me aqui, agora, do sacrifício de Abel e Caim deveria ter sido esse tipo de ofertas a que me refiro: a mesquinhez e a generosidade.
Por que pagar o Dízimo quando tenho inúmeras taxas a pagar? Porque o Dízimo não é uma taxa, não é um imposto. O Dízimo é a medida de nossa generosidade. Quando se paga o Dízimo estamos dizendo que o meu
ABSOLUTO é
Deus. Na Bíblia se fala que o Dízimo são as primícias, os primeiros frutos do trabalho do campo. Como vivemos numa sociedade urbana, o Dízimo é a primeira "conta" a ser paga, depois de separar o Dízimo eu vejo como pagarei as minha dívidas.
Olha, pagando o Dízimo vem a Graça de Deus e você verá que não passará aperto financeiro. Não sei como explicar isso, mas é verdade. Não é mágica, disso sei. Mas, o extraordinário acontece.
Jesus Cristo elogia uma viúva que dava centavos como Dízimo em detrimento dos ricos que davam fortunas, segundo ele, ela deu muito mais do que os outros, porque deu tudo o que tinha para viver. Confiava na providência divina. Tinha muito mais que todo mundo. O provérbio atesta essa verdade: "O pouco com Deus é muito! E o muito sem Deus é nada!"
Pague o Dízimo. Decidi que agora o meu Dízimo será de dez por cento de tudo o que ganhar, sem titubeação. Mas, ainda a tentação me assalta. Ainda mais quando penso que não dará para quitar todas as minha dívidas, penso então em diminuir o valor do Dízimo. Nada disso! Não abrirei mão do Dízimo. Será que não conseguirei viver com noventa por cento do que ganho para minhas outras despesas? Olha o pecado aí. No que gasto eu agrado a Deus? Quem é o meu absoluto?
De que preciso? Compro desenfreadamente? Para agradar o meu ego? Quem ou o que me falta?
"Agora estou compreendendo" são palavras de Frei Lourenço, padre de minha comunidade, é preciso dar tudo para ter tudo, não queira ter nada para ter tudo. É preciso renunciar a ti mesmo, mortificar-se para alcançar a Graça de Deus. "Em primeiro lugar procure o Reino de Deus e sua justiça, tudo o mais lhe será acrescentado".
Pague o Dízimo na medida do seu possível, sem reserva, sem mesquinharia, sem medo e sempre, não pare de pagar. O que você decidir é o que fará, custe o que custar.
Pensando um pouco mais, como podemos falar que somos temente a Deus se não cumprimos o seu mandamento. O Dízimo é um mandamento de Deus, devo obedecê-lo. É uma forma de mostrar isso. É um gesto concreto.
O Dízimo é um aprendizado, aprendo continuamente e agradeço por tudo o que o Senhor tem me dado.
Pague o Dízimo.