Esse amor é Cristo. Quero o amor de Cristo.
Quero o amor de Deus.
Quero ser a expressão do amor de Deus.
Um amor que desconheço. (Rogério Flausino)
Breno José de Araújo
Ibirité, 30 de outubro de 2011.
07 de outubro de 2011
Com um dos piores salários, professora de MG trabalha 3 turnos
A professora conta que leciona em duas escolas da rede estadual de Educação de Minas Gerais
Fonte: Terra
NEY RUBENS
Direto de Belo Horizonte
O sinal da Escola Estadual Professora Maria Amélia Guimarães, que fica no bairro São Paulo, região nordeste de Belo Horizonte (MG), toca pontualmente às 13h todos os dias, marcando o início das aulas da tarde. Para a professora Alice Gomes da Silva, 50 anos, é apenas o início do segundo dos três turnos de trabalho que ela cumpre diariamente.
A professora conta que leciona em duas escolas da rede estadual de Educação de Minas Gerais. Há 23 anos ela dá aulas na Maria Amélia para alunos da 1ª a 5ª série. Já na Escola Estadual Professor Guilherme de Azevedo Alves, na mesma região, são 17 anos de dedicação, sendo que, atualmente, ela também é professora de Sociologia para o ensino médio.
Alice acorda às 5h30min da manhã para chegar à escola a tempo da primeira aula, que começa às 7h. Precisa caminhar cerca de 1 km, pegar um ônibus e caminhar mais um pouco. Ao final do primeiro turno, às 11h30, corre para casa, onde só tem tempo para esquentar e comer o almoço que já deixa preparado.
Às 13h precisa estar na outra escola em que trabalha até as 17h15. Depois, segue direto para o terceiro turno na mesma escola em que começou o dia. Por volta de meia-noite, exausta, retorna para o lar.
"É complicado ter tempo para si mesmo", contou Alice, que é solteira e não tem filhos. "Seria muito difícil (ter filhos). No dia-a-dia você tem que se envolver com a escola e tem que se atualizar sempre com noticiários, com assuntos novos. Sobra pouco tempo para você mesma", diz.
Quando perguntada em que momento ela descansava, teve que pensar bastante. A conclusão? Só nos domingos à tarde. "Isso se conseguir adiantar o trabalho no final de semana", brinca.
A professora Alice comemora estar próxima da aposentaria, que ocorrerá no final de 2012. Ela começou a carreira no magistério aos 20 anos, depois de trabalhar em uma fábrica de costuras. "Eu tinha só ensino médio. Larguei a costura para tentar uma maior estabilidade como professora. Eu era nova, precisava do salário e tinha muita curiosidade com a profissão", afirma.
Foram 10 anos lecionando para crianças de 1ª a 4ª série até que decidiu fazer uma graduação. Estudou por conta própria e passou no vestibular para Filosofia na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas). Depois, também fez pós-graduação em Ciência das Religiões para poder dar aulas de Ensino Religioso.
Com toda essa bagagem de estudos, Alice esperava que o salário melhorasse. Mas, de posse do contracheque, mostra: R$ 1.553,35 recebidos de uma escola e R$ 1.381,11 de outra. Tirando os R$ 898,80 de descontos, o salário final fica R$ 2.035,66 para uma carga diária de 12 horas e meia de trabalho. "Isso este mês, porque recebi vários benefícios por tempo de carreira. Na verdade, eu recebo sempre R$1.558, R$ 600 a menos", afirma.
"Eu pago aluguel, mas é só R$ 200 porque a casa é de amigos e já moro há 12 anos por lá. Sou quase da família. Se fosse para pagar um aluguel fora não sairia por menos de R$ 400 e eu teria dificuldades."
A professora está de mudança para Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte. Ela vibra com a casa própria, mas fez questão de frisar que só agora, com 30 anos de profissão, que conseguiu isso. "Mas vou pagar até perder de vista, por 30 anos. Vou pagar até morrer", diz, sorrindo.
Agora, Alice espera que o salário de aposentada seja bom para poder descansar com tranquilidade. "Queria chegar ao final de 2012 com a minha casa própria, podendo ler mais e com tempo para poder viajar", explicou. O plano para quando deixar as salas de aulas é voltar às origens. "Quero montar um atelier de costura, que é algo que eu gosto muito de fazer", projeta.
Violência e medo
Na última semana, um aluno foi baleado na porta da Escola Estadual Professora Maria Amélia Guimarães. Localizada em uma região violenta, esta não foi a primeira vez que problemas desse tipo chegaram até a escola. Porém, o caso "mexeu" com Alice, pois o garoto baleado havia sido aluno dela.
Ao contar a história, ela muda a expressão brincalhona para uma mais séria e triste. "A sensação para o professor é muito ruim. É como... eu nem consigo explicar direito. É como se eu não tivesse conseguido mostrar nada de bom para ele, como se eu não conseguisse indicar um caminho. É deprimente esse sentimento", diz.
Segundo a professora, muita coisa precisa ser resolvida na educação e o problema não está apenas nas escolas. Alice acredita que é necessário identificar as especificidades de cada lugar e de cada aluno, que precisa de mais gente para trabalhar e mais gente especializada em lidar com pessoas, como psicólogos. "Aqui na escola, por exemplo, temos casos de alunos que viram o pai morrer a tiros. A gente precisa saber lidar com isso", argumenta.
Para ela, a responsabilidade de educar a criança cai, muitas vezes, sobre a escola porque a instituição familiar se apresenta muito debilitada. "O abandono das crianças é muito grande. Falta comida, habitação, saúde, um núcleo familiar. A auto-estima delas é tão baixa que às vezes são levadas para o lado do crime muito facilmente", relata.
Quando perguntada sobre o que é o melhor da profissão, ela teve de parar um pouco para pensar. Depois de um tempo, responde: "A esperança. O professor faz com que as pessoas tenham mais conhecimento. Eu acredito no ser humano, que ele pode ser uma pessoa boa. No mundo de hoje, em que as pessoas viraram coisas no meio de outras coisas, poder dar esperança para essas crianças é fundamental. A esperança é uma sementinha que precisa ser plantada em todo mundo", conclui.
Alice acredita que a educação é primordial para o ser humano e que precisa ser valorizada. Segundo ela, a greve dos professores, que durou 112 dias no Estado, mostrou o descaso do governo para essa área. "O suporte para o professor é precário e a gente precisa fazer tudo por amor. O professor é um idealista. Está muito difícil dar aulas", desabafa.
Acessado na página:
http://www.todospelaeducacao.org.br/comunicacao-e-midia/educacao-na-midia/19386/com-um-dos-piores-salarios-professora-de-mg-trabalha-3-turnos/
Dia 08 de outubro de 2011. Às 09horas e 44 minutos.
A lição do Amor.
Um dia minha mãe me chamou:
_Breninhooo...
Eu respondi:
_O quê?
Aí, ela respondeu:
_O quê, não! Vagabundo!
_É: SENHORA!
Ali ela estabeleceu um distância.
Havia uma diferença, entre ela e eu.
Quando minha mãe estabeleceu uma diferença
entre ela e os outros para mim.
Ela me ensinou o mundo naquele momento.
Ela sabia do alcance daquilo que fez naquele exato momento.
Ao responder a um simples chamado dizendo “o quê”
e sendo imediatamente repreendido.
Percebi a diferença de tratamento entre as pessoas,
percebi o RESPEITO!
Tão raro hoje em dia.
As pessoas cometem um sério erro
ao não se deixarem chamar de senhor ou de senhora.
São mal educadas e grosseiras
quando respondem: “senhor está no céu”.
Credito a total falta de respeito
para com os mais velhos hoje em dia devido
a essa forma de tratamento.
Os adultos deseducam as crianças.
Há uma crise de valores no mundo.
Confundem liberdade com libertinagem.
Tudo hoje em dia é relativo.
Perderam o sentido do absoluto,
não sabem definir o certo e o errado.
Não há uma clareza nos valores.
Minha mãe mostrou-me isso claramente.
Há coisas na vida que simplesmente não podemos abrir mão.
Os mais novos devem respeito aos mais velhos.
A obediência é primordial.
Ninguém mais sabe ouvir.
Todos só sabem falar, mas ouvir?
Para se falar com acerto é preciso ter conteúdo.
Para se aprender esse conteúdo é preciso obedecer
àquele que sabe.
Os mais velhos, nossos pais, professores...
Resumindo:
Minha mãe me ensinou humildade.
Tão cara!
Tão útil!
Tão necessário!
Reescrito em 21 de julho de 2024.
Ando devagar
Porque já tive pressa
E levo esse sorriso
Porque já chorei demais
Hoje me sinto mais forte,
Mais feliz, quem sabe
Só levo a certeza
De que muito pouco sei,
Ou nada sei
Conhecer as manhas
E as manhãs
O sabor das massas
E das maçãs
É preciso amor
Pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir
Penso que cumprir a vida
Seja simplesmente
Compreender a marcha
E ir tocando em frente
Como um velho boiadeiro
Levando a boiada
Eu vou tocando os dias
Pela longa estrada, eu vou
Estrada eu sou
Conhecer as manhas
E as manhãs
O sabor das massas
E das maçãs
É preciso amor
Pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir
Todo mundo ama um dia,
Todo mundo chora
Um dia a gente chega
E no outro vai embora
Cada um de nós compõe a sua historia
Cada ser em si
Carrega o dom de ser capaz
E ser feliz
Conhecer as manhas
E as manhãs
O sabor das massas
E das maçãs
É preciso amor
Pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir
Ando devagar
Porque já tive pressa
E levo esse sorriso
Porque já chorei demais
Cada um de nós compõe a sua historia
Cada ser em si
Carrega o dom de ser capaz
E ser feliz
Posso crer que em minha vida
O milagre vai acontecer
Posso ver as promessas
Sendo liberadas sobre mim
Sendo liberadas sobre mim
Hoje o meu milagre vai chegar
Eu vou crer, não vou duvidar
O preço que foi pago ali na cruz
Me dá vitória nesta hora
Tua morte, tua cruz, teu sangue
Derramado no calvário
Está selado, foi consumado
Eu Vivo, hoje livre do pecado
Vivo as promessas dos milagres