Esperança, Fé e Amor, ou a certeza da Vitória, que dá certo e que funciona!

Titubeamos!
Não tem jeito, nossa indecisão e insegurança nos atrapalha!
Angustiamo-nos muitas vezes por acharmos que nada dá certo. Parece que nos cansamos gastando uma energia inútil, sem sentido. Parece que nada dá certo. Vivemos como que num caos, num turbilhão...
Dá vontade de gritar: _Pare o mundo que eu quero descer!
Isso é o que eu chamo de angústia! Um sentimento que paralisa, sobressalta o coração e dá um enorme "peso" na cabeça. Deprimente, diga-se de passagem.
Mas, o que é isso? Ânimo, rapaz. Vem uma voz de dentro de meu ser e me deixa constrangido!
Ponho-me a conversar com Deus e peço um pouco de luz, que guie o meu caminho. Ele me responde: "Coragem, eu venci o mundo" Peça e receberá! Procure e encontrará! Bata à porta e ela se abrirá!
No centro do turbilhão começo a divisar, então, alguma ordem no caos. Percebo o Cosmos(um tudo ao mesmo tempo agora um vai e vem uma dinâmica que me deixa tonto...) Mas, há uma ordem. As coisas acontecem e dão certo! As engrenagens estão se movimentando e funcionando muito bem. Há chance de vitória.
Quando Cristo levou seus três discípulos "mais chegados" como se diria hoje: Pedro, Tiago e João para o monte Tabor para rezar, mostrou a todos nós, que existe a Vitória! Ele nos garantiu essa certeza! Moisés e Elias, naquele momento também participantes do encontro, mostravam que primeiro haveria o sofrimento.
Deus garante que o Filho Amado deva ser escutado.
"Nossas dúvidas são traiçoeiras, porque nos fazem perder o bem que poderíamos obter por medo de tentar" Shakespeare disse isso e um poeta brasileiro disse que ninguém vai sonhar nossos sonhos. É nossa responsabilidade.
Vai dar certo, experimente! Funcionará! A fé é um meio de já se obter aquilo que se espera.
Por que estou eu a dizer isso tudo aqui?
Porque essa é a proposta do blog. Sim, eu escrevo através de minhas motivações pessoais, não poderia ser diferente. Ninguém escreve se não tiver um assunto que conhece ao menos parcialmente. Mas, quero ser aquela "voz que grita no deserto" pode ser que alguém leia isso e lhe brote uma idéia na cabeça que o anime em meio ao turbilhão em que possa estar envolvido. E mesmo que ninguém leia, já que é um deserto mesmo. O Espírito que me move a escrever paira onde quer e não digo palavras minhas, sirvo apenas para confirmar a certeza da vitória, que dá certo, que funciona!

domingo, 4 de fevereiro de 2024

Senhor que eu veja...











 Eu já escrevi aqui sobre o assunto do "Querer".

 Acho que me deparei com essa palavra quando participei de um retiro espiritual.

Nesse retiro eu li uma passagem do Evangelho na qual Cristo questiona ao um cego sobre o que ele 

queria. 

Explicando melhor: Cristo ouviu o chamado do cego e perguntou-lhe o que queria que lhe fizesse.
 
Refletindo sobre sobre o episódio agora, me deparo com uma situação que me incomoda. 

Acho que todos ao verem uma cena dessas,  devem imaginar que é óbvio que cego pediria para deixar 

de ser cego. 

Pode até absurdo que Cristo lhe faça essa pergunta. 

Um cego que se dirige a Deus só pode pedir para deixar de se cego. 

É um pensamento natural. 

Mas, me vem um pensamento: e se o cego não quisesse enxergar? 

E se ele tivesse pedido outra coisa? 

E se fosse cômodo e vantajoso para ele continuar a ser cego?

Nas escrituras está escrito que tenha fé, confie em Deus e Ele dará o que seu coração deseja. 

Eu acho isso interessante. 

Em outra parte diz que:

"Sabemos que Deus nos ouve quando nossos pedidos estão de acordo com a sua vontade" 

Aí, Ele nos atende.

Quais são as razões que me motivam a fazer algo? 

Por que eu quero isso e não aquilo? 

São perguntas pertinentes. 

O resultado que terei depende exclusivamente das respostas a essas perguntas. 

Só fazemos algo visando alguma coisa específica. 

Vamos receber de acordo com o que queremos receber.

Para eu poder fazer algo preciso saber o que quero obter com esse algo. 

No caso do cego por exemplo, ele gritou no meio da multidão para que Jesus viesse até ele. 

Ele enfrentou resistência de pessoas que mandaram-no calar. 

Ele não se intimidou e gritou mais alto. 

Quando Jesus veio ao seu encontro ele não vacilou, sabia exatamente o que queria: 

Disse: "Senhor, que eu veja!"

Senhor, que eu veja. Essa é a minha oração. Esse é o meu pedido.

Senhor, que eu veja o melhor caminho a seguir.

Senhor, que eu veja os meus erros.

Senhor, que eu veja o que eu estou fazendo. Que eu preste atenção às minhas ações.

Senhor, que eu não me distraia em tantas coisas que embaçam minha visão.

Senhor, que eu veja sua presença ao meu lado me conduzindo.

Senhor, que eu veja o que é preciso fazer.


Passagem da Bíblia em Mc 10, 46-52.




quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

Cada coisa em seu devido lugar.


 Figuras geométricas usadas em sala de aula - Escola Municipal Eva Fernandes Caldeira 

-  Sarzedo - MG 2023


Cada coisa em seu devido lugar.

No mês de janeiro fiz uma arrumação no quartinho de casa que estava literalmente

uma bagunça!

Estava tudo amontoado, jogado, bagunçado mesmo.

Não dava nem para entrar direito no quartinho, pois os objetos impediam a passagem.

Tudo jogado.

E a procrastinação "nadando de braçada", amanhã eu arrumo...

Pois bem, o dia chegou.

Bem, não foi o dia, foram os dias, demorei uma semana para arrumar.

Precisei de um trabalho minucioso de separar item por item, 

e pensar em qual lugar tal coisa ficaria.

Era um tal de desemaranhar fios, cordas, arames.

Separar e juntar um tanto de parafusos, pregos, 

buchinhas que estavam soltas em tudo em que era canto.

Decidir o que não servia mais, e podia ser jogado fora para a reciclagem.


Você já guardou objetos dizendo "um dia eu vou precisar?"

Bobagem, você não vai precisar de jeito nenhum, pense bem. 

Se ficou um tempão lá, e 

você até se esqueceu que ele existe. Não vai precisar, pode descartar.

Existe um monte de peso inútil que a gente carrega e guarda.

Para quê?

Olhe o que diz as sagradas escrituras: 


"Jesus chamou os Doze e começou a enviá-los

de dois a dois. Deu-lhes poder sobre os espíritos impuros e recomendou-lhes que

nada levassem para a viagem, a não ser um bastão: nem pão, nem sacola, nem

dinheiro no cinto; que andassem com sandálias nos pés, mas não vestissem duas 

túnicas." (Marcos 6, 7-13)


O que eu compreendo dessas palavras?

Não carregue peso inútil.

Leve somente o necessário.

Nada de excesso.


Já observou o tanto de peso inútil que a gente carrega?

Falo de coisas, mas falo também de outras coisas.

Depois que eu limpei meu quartinho e tirei o excesso, ficou muito melhor para poder

trabalhar. Agora sei onde exatamente minhas ferramentas estão.

Não perco um tempo inútil procurando e me perguntando: onde está o martelo?

Onde foi que eu o coloquei?

Nisso eu fico nervoso, eu me desgasto, perco tempo, perco o equipamento e não faço

a tempo e com precisão o que precisava ser feito.


Prentice Mulford disse que "pensamentos são coisas", pois bem. 

É preciso organizar nossos pensamentos, nossas ideias e sentimentos da mesma forma

que organizamos nossas coisas. Descartar o inútil, ficar somente com o necessário.


Cada coisa deve estar em seu devido lugar. Nós devemos estar no nosso devido lugar.


Qual é o meu lugar no mundo?

Onde estou? Que lugar estou ocupando?

Estou guardando coisas que não me servem mais?

Eu preciso mesmo disso?

São perguntas que precisamos fazer constantemente.


Ontem é passado, amanhã é um mistério, o que temos é somente o hoje, por isso 

se chama presente. Conhece esse ditado?

Então, por que ficamos guardando ressentimentos, mágoas e coisas que passaram conosco

no passado?

Por que nos afligimos pelo que possa aparecer amanhã? 

Não temos o dia de amanhã.

Eu posso morrer hoje.

Aliás, esse é o tempo de cada morte.

Observe as manchetes dos jornais: "Morreu hoje Zagallo, morreu a atriz que trabalhou na novela..., 

morreu hoje fulano, beltrano, trajano...


Na nossa caminhada de vida não podermos levar peso em excesso.

Com peso extra gastamos mais energia, nos cansamos mais, nos desgastamos.

A jornada fica mais árdua e menos prazerosa.

O gostoso da viagem é curtir a paisagem, conhecer lugares novos e bonitos.

Aliás, também não vale ir correndo, é preciso ir devagar.

O destino está lá esperando.


sábado, 27 de janeiro de 2024

Música para o teatro "Os Guardiões da Terra contra o Monstro da Poluição"


 

Ao pesquisar músicas para o teatro encenado pela turma "Marrom" 

alunos do 4 ano do Ensino Fundamental no ano de 2023, eu descobri esse vídeo no

You Tube e não é que ele se encaixou bem com a nossa história?

Veja a tradução da música:




A música é de uma mensagem tão poderosa!

O desenho eu pesquisei no Google e achei que combinou perfeitamente com a

heroína do teatro: "É Gaia, pronta para a luta."

O desenho foi colorido pelos alunos em sala de aula, nesse caso pela aluna

Isabelly.

A música e a letra foi trabalhada como conteúdo de Língua Portuguesa.

A letra traz uma mensagem de encorajamento para vida.

Gosto muito dessa parte: "Tire os monstros de sua cabeça, durma em paz!"

Não tem coisa melhor de nos livrarmos de nossos pesadelos e poder dormir?

Por isso, durma em paz!

Esqueça os problemas, enfrente seus medos. Viva feliz!

Você merece!

sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

TECENDO UMA AULA

 




                                     Sala de aula da Escola Municipal Eva Fernandes Caldeira


TECENDO  UMA  AULA

Breno José de Araújo


Um professor sozinho não tece uma aula:

ele precisará sempre de seus alunos.

De um que apanhe sua explicação que ele

e pergunte a outro; de um outro aluno

que apanhe a explicação que uma aluna antes

e pergunte a outra; e de outros alunos

que com muitos outros alunos se cruzem

as dúvidas e perguntas de suas mentes,

para que o conhecimento, desde uma teia tênue,

se vá tecendo, entre todos os alunos.


2

E se encorpando em tela, entre todos,

se erguendo tenda, onde entrem todos,

se entretendendo para todos, no toldo

(o conhecer) que plana livre de armação.

O conhecimento, toldo de um tecido tão aéreo

que, tecido, se eleva por si: luz balão.




Paráfrase de "Tecendo a Manhã" de João Cabral de Melo Neto.

Educação pela Pedra e outros poemas

Rio de Janeiro: Objetiva, 2008.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

Devagar, devagar...


            Inseto no quadro da Escola Municipal do Bairro Jardim das Rosas, Ibirité-Minas Gerais


Brinco com meu filho de 4 anos de esconde-esconde, é sua brincadeira favorita.

A gente precisa esconder o rosto e contar de um até dez para dar tempo do outro se esconder.

Eu costumo brincar e começo a contar de forma rápida: 1,2,3,...10.

Ele volta e fala para mim: "pai, de-va-gar..."

É gostoso demais ouvi-lo dizer isso. Eu me divirto. E depois conto devagar.

Sabe que aí está a chave de uma vida mais tranquila com menos stress?

Diminuir o ritmo de nossas vidas.

Estamos indo muito rápido!

Não sabemos esperar, não temos paciência...

É o resultado do acesso aos bens materiais que temos hoje, diferente de 30 anos atrás.

Pense comigo, pelo menos é a minha experiência. 

Antes, tínhamos uma televisão preto e branco com apenas 4 canais disponíveis.

Normalmente o melhor canal era da TV GLOBO, acredito que a emissora tinha mais

recursos que as concorrentes.

Mas, eram 3 minutos de programa e 7 minutos de propaganda e tínhamos a paciência 

de esperar. Dava tempo de ir ao banheiro e beber água. Falando em paciência,

nosso programa favorito tinha dia e hora marcada por semana e os episódios podiam ser

repetidos, nos assistíamos assim mesmo.

Todos os integrantes da família via o mesmo programa e dormíamos cedo.

Quando eu ia para a casa de minha tia precisava pegar dois ônibus para ir e dois para voltar.

Havia um tempo de espera do ônibus que podia chegar a uma hora.

Esperar a sua vez era normal, saber compartilhar também. 

Esperar na fila para se fazer uma chamada telefônica, cada ficha dava direito a 3 minutos.

Hoje, temos carro, temos internet, celular, netflix e uma infinidade de bens materiais que

transformaram nossa vida bem mais confortável.

Não damos conta de esperar 30 segundos de tempo para pular a propaganda do You Tube.

Cada membro da casa tem seu perfil individual na TV que oferece uma infinidade de opções

de acordo com um algoritmo que "advinha suas preferências". 

Tudo entregue de "mãos beijadas"

não precisa nem ter o trabalho de pensar.

Mas, esperar é muito importante.

Custa muito!

Sabe quanto custa!

Custa VIDAS!

Quantas pessoas não morrem por ano no Brasil por causa de acidentes de trânsitos?

Muitas vezes o motivo é a velocidade do veículo que estava muito acima da permitida.

Há muito tempo tirei a foto acima. É um inseto camuflado de folha. 

Estava pousado no flanelógrafo  de uma sala de aula. 

Achei interessante e não tive dúvidas: fotografei.

Ele é lindo! Mas, me fala mais.

Sabe o que ele me fala?

O mimetismo é uma forma dele se defender dos predadores. 

Ele se parece com uma folha seca.

Vai se misturar junto de outras folhas. 

O predador que passar muito rápido não vai prestar atenção nele. 

Viu? Diminuir o ritmo, salva vidas!





quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

Amar (Carlos Drummond de Andrade)

 


Amar


Que pode uma criatura senão,

entre criaturas, amar?

amar e esquecer,

amar e malamar,

amar, desamar, amar?

sempre, e de até de olhos vidrados, amar?


Que pode, pergunto, o ser amoroso,

sozinho, em rotação universal, senão

rodar também, e amar?

amar o que o mar traz à praia,

o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha

é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?


Amar solenemente as palmas do deserto,

o que é entrega ou adoração expectante,

e amar o inóspito, o cru,

um vaso sem flor, um chão de ferro,

e o peito inerte, e a rua vista em sonho e uma ave de rapina.


Este o nosso destino: amor sem conta,

distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,

doação ilimitada a uma completa ingratidão.

Na concha vazia do amor a procura medrosa,

paciente, de mais e mais amor.


Amar a nossa falta mesma de amor e na secura nossa

amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita.



Texto de Carlos Drummond de Andrade anotado em meu caderno no dia 19/07/1994. 

Não sei mais em qual livro eu copiei. Eu só sei que quando li esse texto eu gostei muito.

30 anos atrás. 

O que eu estava fazendo nessa época?

Tinha 20 anos. Estava desempregado mas estava estudando. Eu fazia magistério 

na Escola Sandoval Soares de Azevedo em Ibirité- MG.

Eu lia muito, mas muito mesmo! Disso eu posso me orgulhar.

A leitura é para mim um hábito. Desde quando aprendi a ler, eu sempre estou lendo.

E há autores que me marcam, como Carlos Drummond de Andrade. 

Tenho textos dele que guardo e leio sempre, como esse acima.

Quando li esse texto pela primeira vez já causou impacto. 

Tem uma sonoridade, tem humor. 

Um poema é uma brincadeira com as palavras, e foi essa brincadeira

que me cativou, achei gostoso recitar esse poema.

Hoje, 30 anos se passando o que esse poema me fala de novo?

Continua gostoso de recitar, continua novo em folha.

Mas, me fala mais.

Está falando do amor, um amor em si mesmo, sem regras, sem motivos, sem nada.

Apenas o amor pelo amor.

O que esse poema, testemunha de um Breno de 20 anos, pode dizer ao mesmo com 50?

Continue amando.




terça-feira, 9 de janeiro de 2024

Os Guardiões da Terra contra o Monstro da Poluição II



Observe a imagem acima.

Tem algo errado, algo está fora do lugar.

O que aquela garrafa de plástico está fazendo ali?

Ela está no lugar errado.

Não pertence a esse ambiente.

Sabendo que o plástico não se degrada facilmente, 

essa garrafa se ninguém a retirar pode ficar 

eternamente aí.

Ela faz parte da natureza? Não.

Alguém deixou essa garrafa aí. 

Ela não nasceu aí como as sementes, não é natural. 

A garrafa é produto da ação humana. 

Ela está dizendo que alguém não tem consciência ambiental.

Ela está dizendo que alguém não se importa. 

Alguém passou por ali e simplesmente jogou a garrafa.

Ela lhe serviu para matar sua sede e depois foi descartada.

No teatro: "Os Guardiões da Terra contra o Monstro da Poluição"

há esse trecho:

É tanto resíduo que os homens produzem

que não dá nem para contar

resíduo para cá

resíduo para lá

Pra quê? Pra quê?

Para me dar mais poder...

É isso.